FLORIPA TOP
A pesquisa divugada pelo Ministério do Turismo traz informações sobre o perfil e hábitos do turista estrangeiro que visitou o Brasil em 2012. Realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o estudo apura, entre outros dados, a procedência, perfil, gastos, principais destinos, motivação da viagem e grau de satisfação do turista internacional. Foram ouvidos mais de 31 mil viajantes em 15 aeroportos e 10 postos de fronteira terrestre. Nossa Ilha da Magia é o segundo destino turístico de lazer mais visitado por estrangeiros. Balneário Camboriú e Bombinhas também estão entre os top 10.
O secretário nacional de Políticas de Turismo, Vinicius Lummertz, diz que Santa Catarina tem todas as condições de ampliar a demanda de turistas estrangeiros. “Para que isso ocorra é preciso investimentos na internacionalização da cadeia turística, melhorar a infraestrutura e qualificação profissional”, ressaltou. Ainda sobre a pesquisa do Ministério do Turismo, a cidade de Balneário Camboriú ficou em sétimo lugar entre os destinos de lazer mais visitados, com 5% da demanda, enquanto Bombinhas aparece em oitavo lugar (4,8%). A maioria dos estrangeiros que buscam as cidades catarinenses, cerca de 93%, estão em busca de sol e praias.
ESTRANGEIROS
A intenção de retorno ao país é de 95,7% entre os visitantes internacionais. Os serviços mais bem avaliados são a hospitalidade (97,7%), a gastronomia (95,5%) e a hospedagem (93,2%). O Brasil recebeu um número recorde de turistas estrangeiros no ano passado, de acordo com o estudo de Demanda Turística Internacional, divulgado hoje pelo Ministério do Turismo. O levantamento feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) revela que 5,67 milhões de estrangeiros visitaram o país em 2012. A Argentina se mantém na primeira posição como emissor, com 29% dos turistas que visitam o Brasil (1,67 milhão), seguida pelos Estados Unidos (586 mil). A Alemanha, com 258 mil visitantes ultrapassou o Uruguai (253,8 mil) e conquistou a terceira colocação. Os maiores emissores de turistas residem na América do Sul (50%), seguidos pelos europeus (29%) e norte-americanos (13%). A maioria dos estrangeiros vem a lazer (46,8%), uma parcela menor, porém importante pela média de gastos no país, vêm a negócios (25,3%) e os demais chegam ao país para visitar parentes, destinos religiosos, fazer cursos e compras (27,9%). Em comum, os turistas estrangeiros têm a satisfação com a experiência de viagem ao Brasil. A maioria (84,5%) declarou que a viagem atendeu plenamente ou superou suas expectativas, de modo que 95,7% afirmou que pretende voltar ao país.
SATISFAÇÃO
“Temos muito a evoluir, mas os dados mostram que estamos no caminho, que o turista estrangeiro tem tido boas experiências em nosso país”, diz o ministro do Turismo, Gastão Vieira. A intenção de retorno se explicada pela boa avaliação dos principais serviços turísticos. Os serviços mais bem avaliados são a hospitalidade do povo (97,7%), os sabores da gastronomia (95,5%) e a hospedagem (93,2%). Os serviços com menor grau de satisfação são os preços de produtos e serviços (56,1% de aprovação), a telefonia (67,7%), as rodovias (70%) os aeroportos (73%) e a sinalização (76,5%). O gasto nas viagens de negócios é quase o dobro (US$ 1599) das viagens de lazer (US$ 877). Os destinos mais visitados a lazer são Rio de Janeiro (29,6%), Florianópolis (18,1%) e Foz do Iguaçu (17,3%) e o ranking das três cidades que mais recebem turistas de negócios é composto por São Paulo (48,3%), Rio de Janeiro (23,9%) e Curitiba (4,4%).
MEIOS DE HOSPEDAGEM
A maioria dos turistas ainda se hospeda em hotéis (52,1%) e casas de amigos e parentes (27,4%). Mas há um crescimento consistente de hospedagens alternativas, como casas alugadas (de 8% para 11,9% nos últimos seis anos); de camping ou albergues (de 2,4% para 4,9% no mesmo período).
Os europeus são os turistas que mais tempo permanecem no país (23,7 dias em média), mais que o dobro dos sul-americanos (10,7 dias). Os europeus são também os que mais gastam: os espanhóis ocupam a primeira posição (US$ 1.703), seguidos pelos portugueses (US$ 1.582) e franceses (US$ 1.509).
Os Argentinos gastam em média US$ 648. A maior parte dos turistas estrangeiros tem nível superior (43,5%), renda familiar mensal de US$ 4.639 e chega ao Brasil de avião (70%). A internet é a principal fonte de informação para a maioria deles (33,6%). “O levantamento mostra que as pessoas têm recorrido a novas fontes de informação. Os destinos devem estar atentos a essa tendência para atrair não apenas os estrangeiros, mas o próprio brasileiro”, comentou o secretário Nacional de Políticas de Turismo, Vinicius Lummertz.
O Ministério do Turismo, por meio da Fipe, entrevistou 31.039 pessoas em 10 regiões de fronteira terrestre e 15 aeroportos internacionais brasileiros.