sábado, 25 de agosto de 2012

PARÁ - CENÁRIO DE RARA BELEZA - A JÓIA DA AMAZÔNIA




PARÁ - CENÁRIO DE RARA BELEZA - A JÓIA DA AMAZÔNIA

Mangal das Garças - Clique na imagem para ampliá-la

Esse é o lema deste fabuloso Estado. Estar em Belém do Pará é ótimo em qualquer época do ano, além do calor humano, o astro rei é companheiro fiel. Para quem gosta de estar em contato com a natureza, Belém se descortina com lugares espetaculares, com toda a exuberância própria da região amazônica. O Mangal das Garças, o parque zoobotânico Museu Emilio Goeldi e o Jardim Botânico Bosque Rodrigues Alves fazem o abre alas da cidade.

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Inesquecível uma volta na Estação das Docas à beira do Rio, um moderno complexo turístico construído em antigos galpões do porto de Belém. Restaurantes, cineteatro, bares, espaço para feiras e eventos, minifábrica de cerveja, mall de lojas e serviços, livrarias, sorveterias, além de um terminal fluvial para passeios às Ilhas do estorno da cidade. Lembra em muito, o Puerto Madero, em Buenos Aires. O patrimônio arquitetônico e histório da cidade se vislumbra em cada esquina, demonstrando uma riqueza cultural fantástica e acima de tudo, que vem sendo preservada pelo poder público local. Exemplo disso é o Colonial Forte do Presépio, o neoclássico Teatro da Paz, a art-nouveau da Praça da República, o Museu de Arta Sacra, o Museu Histórico do Pará são excelentes opções para o turista.

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A gastronomia paraense é considerada uma das mais genuínas e ricas do nosso País. Alguns dos pratos mais apreciados são o pato no tucupi, maniçoba, tacacá, caruru e vatapá. Entre outras delícias, há o fenomenal açaí, saboreado pelos paraenses de forma peculiar, acompanhado com farinha de tapioca ou um bom peixe frito. E isso tudo você poderá observar em uma manhã de sol na maior feira livre da região que é a Feira Ver-o-Peso, funcionando a quatro séculos, trazendo e levando para o mundo o melhor do Pará - Amazônia. Acredite se quiser, são duas mil barracas. Reserve pelo menos uma manhã apenas para caminhar na feira, observar além de tudo, o rico artesanato, saborear frutas que não são encontradas no resto do país, tais como bacaba, cupuaçu, castanha-do-pará, bacuri, pupunha, tucumã, murici e piquiá entre tantas. Com relação a castanha-do-pará, você poderá compra-la a granel, diretamente daquele que colhe e quebra a casca, ao preço de R$ 8,00 o quilo. Aromas, cores e tons que realçam qualquer sentido. Impossivel não se encantar. Ao lado da feira o ancoradouro onde chegam os mais variados tipos de peixe, tanto de água salgada como de água doce. Uma verdadeira fartura para ninguém reclamar.

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É em Belém que acontece a maior festa do Estado ha mais de 200 anos. Trata-se do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, a maior procissão católica do país que acontece no segundo domingo de outubro. Você será sempre bem vindo e além de tudo muito bem recebido. O Estado vem se preparando a muito tempo para o potencial turístico, tanto que ha quinze anos já funciona a Companhia do Turista, isto é, uma polícia armada atenta a nós turistas. Portanto, não entranhe, se você "casualmente" Junto com seu grupo de amigos, perceber que até sendo seguido a por um, dois ou até mais policiais dessa polícia sempre atenta e pronta a lhe prestar todo e qualquer auxílio. Você é tão bem tratado que até estranha e não se admire de alguns deles te auxilie a carregar teus pacotes de compras até o táxi ou até mesmo ir chamar o taxi para você.

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Mas não se limite em ficar unicamente na rica Capital, mergulhe fundo na cultura secular desse estado seguindo em direção ao paradisíaco litoral parando por cidades a exemplo de Benevides que se inspirou em Gramado, na Serra Gaúcha, inspiração para o seu próprio Natal Luz, sem dúvidas o maior natal da região, com uma "indústria natalina ", totalmente artesanal e com objetos 100% reciclados a partir de garrafas pet e com isso envolvendo toda a comunidade que, ao trazerem determinado números de garrafas vazias "catadas" na natureza, ganham cupons que serão sorteados com excelentes presentes. Além de que, com essa indústria gerou empregos, pois todos são assalariados e com o natal pronto, atrai muito mais empregos diretos e indiretos. Um exemplo a ser seguido. Mais trabalho e menos política. 

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A dica para você dormir na cidade é o Hotel Fazenda São Luiz, do casal Socorro e Nilton Campos. São 42 leitos a sua disposição. Clique na imagem para ampliá-la


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Seguindo viagem, de uma paradinha em Maraporim e conheça o verdadeiro Carimbó, uma dança que segundo alguns historiadores, é de origem africana, que encontrou na cultura indígena e portuguesa elementos para torná-la a identidade de povo paraense, amazônida, que vem se firmando há mais de um século. Segundo informações, em Maraparim, o carimbó surgiu na comunidade de Santo Antonio, hoje Maranhãozinho. Há no município cerca de trinta e cinco grupos de carimbó, uns famosos, outros ainda na espera de uma oportunidade para mostrar sua música, sua criatividade em "pau de corda".


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Logo mais em frente pegue o barco em direção a Ilha da Maiandeua e prepare-se para voltar no tempo, pois somente ha alguns anos a rede elétrica fois instalada graças a uma promessa feita ha mais de 30 anos pelo então cidadão Simão Jateme, numa mesa do La Dunes Drinks. Lá estavam o seu José Cristo de Souza, o "Gudengo, primeira criatura a "fincar pau" na Ilha e, com ele os amigos de coração, "macaco", "visaje", "porco", "peso", "bode" e Simão Jatene. Entre um peixe frito e outro, entre um caranguejo e outro, Jateme disse que se um dia fosse governador do Pará a primeira coisa que faria seria levar a luz elétrica àquela Ilha. Um dos amigos então disse: "Quem sabe um dia você chega lá". 38 anos depois, em 2003, Simão Jateme, assume o Governo do Estado do Pará, e depois de três meses no poder, a luz chega à Ilha de Maiandeua. Promessa feita, promessa cumprida. Não espere encontrar na Ilha o corre-corre da vida agitada, carros, poluição sonora, vida agitada, stres... Nada disso. Deixe tudo isso no continente pois será bagagem extra. Lá os únicos veículos que encontrei foram charretes, que serão teu táxi para todos os lados. Lá não existem carros, motos ou similar. O único carro que andei foi a vela, graças ao vento. Também não espere encontrar os mega resorts e grandes hotéis. Ao contrário, pousadas extremamente acolhedoras, gente simples e muito hospitaleira. Minha dica é a pousada Mothologia do francês Betran Corte e sua esposa Helenice Souza Corte, que fica de frente para a Praia do Farol na comunidade de Algodoal. Pelo astral do lugar, pedir mais é exagero.


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Esqueça do mundo. O negócio é mochila nas costas e chinelo nos pés. Muito protetor solar e água minera! Ponha-se a desbravar esse pedaço do paraíso que só um poeta pode conseguir narrar em sua exatidão. Dando a volta pela Ilha, tomando a direita da pousada, siga em direção da Praia da Princesa e esbalde-se naquele mar quente e límpido. Quer mais aventura? Pergunte a direção da Lagoa da Princesa, no meio das dunas a exemplo dos Lençóis do Maranhão. A caminhada e leve, pela areia. Você pode andar por tudo. Mas se não for adepto a caminhadas. Chame um táxi, ou melhor, uma charrete. O passeio até lá não custa mais de R$ 20,00. O resto, bom o resto é você descobrir por só, pois tenho certeza que tua história será diferente da minha, da dele... Lá na Ilha, você é o roteirista e artista coadjuvante de uma natureza intacta. Preserve-a!

A JÓIA DA AMAZÔNIA


A bem da verdade Belém é a porta de entrada da região amazônica e parada obrigatória para quem quer conhecer o norte do Brasil. São quase 1,5 milhões de habitantes, gente hospitaleira e que oferece aos visitantes uma completa infraestrutura turística. A arquitetura setentista, assinada pelo italiano Antonio Gioseppe Landi, mesclada ao barroco jesuítico do século XVII, da um charme especial a cidade. Culinária para todos os gostos, frutos da natureza pródiga, da colonização portuguesa e das heranças indígena e africana. Uma miscigenação cultural e racial que também se faz presente no artesanato e folclore.

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As opções não inúmeras pois ainda existem os pólos turísticos de Marajó, Tapajós, Amazônia Atlântica, Araguaia-Tocantins e Xingu. Eu escolhi o pólo Marajó, embarcando  para Salvaterra, hospedando-se primeiramente na paradisíaca Pousada dos Guarás. Logo ali perto está a Vila de Joanes, vila de origem pesqueira, onde se encontra as ruínas da primeira igreja jesuítica no Marajó, construída no século XVII. É local de ocupação colonial, por onde, possivelmente, se deu a chegada dos portugueses à ilha. Na vila há a praia de mesmo nome, conhecida por seu aspecto bucólico e tranqüilo, com parte do litoral formados por falésias, onde se encontram as maiores altitudes da ilha. A noite todos fomos brindados com show folclórico na Pousada dos Guarás.


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Através de um pequeno percurso terrestre, com travessia em balsa pelo rio Paracauari, chegando a cidade de Soure, chamada carinhosamente, de Capital do Marajó. A cidade é banhada pelo Oceano Atlântico é faz limite natural com a cidade de Salvaterra pelo rio Paracauari. A dica é fazer um tour panorâmico pela cidade, com paradas no Curtume (centro de artesanato de couro de búfalo), lojas de artesanato local. A Origem de Soure se deu a partir das atividades econômicas que propiciavam povoamento no período colonial, (data de fundação), seu traçado urbano. Na década de 70, dentro de uma política de desenvolvimento para a Amazônia, Soure foi escolhida com uma das cidades com "vocação natural" para o turismo. A partir daí vários hotéis foram instalados na cidade. Por essa razão Soure é a cidade que oferece a melhor estrutura turística da Ilha do Marajó. Eu particularmente não acho. Prefiro Salvaterra. A belíssima Pousada dos Guarás é na beira da Praia Grande, água doce e quente e conta inclusive com serviço de internet wireless.


Vila de Joanes - Clique na imagem para ampliá-la

Outra visira obrigatória é o Instituto Caruana, sede da escola da Pajé Zeneide, conhecida mundialmente pela sua bondade e dedicação a ecologia, às crianças e pelas suas curas. Todos ficam maravilhados com a Pajé, que, de quando em quando pede para cantar e, saborosamente soltava a voz. Quando a fome "apartar" a dica é o Restaurante Paraíso verde. Na mesa peixes ao molho de camarões e caranguejos. Comida bem típica, caseira. De lamber os dedos. Em seguida visita ao artesão marajoara Rodrigo Guedes, que também, tira crianças das ruas e lhes ensina seu grande ofício com lições de ecologia.



Soure você pode se hospedar no Hotel Ilha de Marajó. Clique na imagem para ampliá-la

    
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Outra visita imperdível na região é conhecer a hospitalidade do Sr. Brito e Dna. Jerônima, proprietários da Fazenda São Jerônimo. Para quem não sabe, foi nesta fazenda que aconteceu o programa global "No Limite 03", apresentado pelo Zeca Camargo. Portanto o local dispensa apresentações. ESPETACULAR!. Vale lembrar que o Zeca também se hospedava em Salvaterra (Pousada dos Guarás). Passeios de charrete ou montados em búfalos e cavalos; caminhada em praia deserta e áreas de manguezais e um incrível passeio de casco (canoa de remo) pelos igarapés, margeados por majestosos manguezais (ecossistema costeiro que no Pará, as árvores alcançam mais de 15 metros de altura). INACREDITÁVEL ! INESQUECÍVEL. Outra dica é um passeio pela Praia do Pesqueiro, considerado um dos principais cartões postais da cidade. e a praia de Barra Velha. Outra peculiaridade da cidade é que lá existe o Batalhão de Polícia Montada (único no Brasil onde a polícia é montada em búfalos).


Cabe ressaltar que para muita gente envolvida com a atividade turística, que o Pará está mostrando ao mundo o vigor de uma economia em crescimento e é bem visto pelos turistas. A razão disso reside, principalmente, em suas belezas naturais e na boa acolhida de seu povo, famoso pela alegria e pela generosidade. Segundo a Profª. MSc. Marinete Silva Boulhosa, Turismóloga, Especialista em Educação Ambiental, Planejamento e Ecoturismo, Mestre em Antropologia, Professora efetiva do IFPA - Campus Belém, Coordenadora do Curso Técnico em Eventos - Programa E-tec Brasil - IFPA e Coordenadora da Área de Hospitalidade e Lazer do IFPA - Campus Belém: "A Ilha do Marajó está localizada ao norte do Brasil, nordeste do Estado do Pará, na desembocadura do rio Amazonas. É a maior ilha fluvio-marinha do mundo, com uma área de 49.606 Km2, formada por 12 municípios, que com outras ilhas, em destaque as ilhas de Caviana, Mexiana e Gurupá, formam o arquipélago do Marajó. Dividida naturalmente em dois grandes ecossistemas, a leste as regiões dos campos naturais e a oeste a densa floresta tropical, a ilha do Marajó possui destaque especial no Estado, no ponto de vista econômico, natural e turístico. No ponto de vista econômico, desde a colonização, a ilha é um dos mais importantes centros pastoris do Estado e destaca-se ainda por possuir a maior manada de búfalo do Brasil, sendo o primeiro lugar do país onde esses animais foram introduzidos, em 1895, pelo fazendeiro Vicente Chermont de Miranda. O búfalo, por sua docilidade e força, é também utilizado para o transporte de pessoas e cargas. Sendo no Marajó, na cidade de Soure, o único lugar no país onde a policia é montada a búfalo.

Por sua dimensão geográfica, os recursos naturais da região são vastíssimos e possibilitam sua exploração sustentável de várias formas, e entre essas formas está o turismo. O turismo no Marajó começou a se desenvolver a partir da década de 70, através de uma política de desenvolvimento para a Amazônia, e Soure foi escolhida com uma das cidades com “vocação natural” para o turismo. A partir daí vários hotéis foram instalados na cidade. Por essa razão Soure é a cidade que oferece a melhor estrutura turística da Ilha do Marajó. Os atrativos turísticos do Marajó são representados pela diversifica fauna e flora, pelos vastos campos naturais, as zonas de floresta, praias desertas, pelas fazendas tradicionais como São Jerônimo, Bom Jesus, Sanjo, entre outras, que associam a pecuária ao turismo ecológico e rural. Esses recursos naturais são completados com a riqueza da cultura marajoara, manifestada através de suas crenças, danças, músicas, artesanatos, etc. O sentimento que fica é que a Amazônia é um lugar de rara beleza, extraordinária e que não é somente o pulmão do mundo, mas também o coração que pulsa muito forte. O novo e o velho, o moderno e o natural, fazem parte dos mistérios instigantes. De um lado a ciência, a medicina, e do outro lado uma doce Pajé. Praias de água doce. Gente hospitaleira. O momento é agora, acima de tudo porque o mundo voltará seus olhos para nosso país por conta da Copa do Mundo, a chamada Copa Vede, e pelos Jogos Olímpicos de 2016. O horizonte que se descortina para o Pará é espetacular, uma grande oportunidade para se consolidar internacionalmente como um destino sustentável e relevante. O momento que se desenha para o nosso turismo tinge de verde e dourado. Uma oportunidade de ouro para essa indústria que é a mais rentável e limpa do mundo e o pará não irá perder essa carona, se reafirmando como vocação turística, solidificando os benefícios que essa atividade traz para a economia do Brasil. O futuro é agora e o Pará é um gigante, verdadeira jóia da Amazônia.