terça-feira, 12 de agosto de 2014

ESCREVENDO SOBRE REDAÇÕES




Lendo o que estou lendo, principalmente sobre as regras de redação, como jornalista que sou, nunca vi tanta asneira sendo escrita, regras estás passadas por quem nunca passou por uma redação e, repassa essas regras a alunos que vão em busca de notas para passar no vestibular. Como jornalista, já venho discutinho isso com meu filho desde o início do terceiro ano e ontem novamente ele me trouxe um termo novo, não usável em jornalismo, a tal inventada mídia "ninja". Isso é mais uma invencionice de pseudo conhecedores. Em jornalismo conhecemos a mídia marrom (aquela tendenciosa/especulativa/sensacionalista... Também em nosso meio temos os "chapas-brancas", isto é, os boca alugadas que são os assessores governamentais que só falam bem, emitindo releases favoráveis, tentando mostrar que vivemos no país das maravilhas. Nos diversos setores da sociedade existem esses profissionais, pagos para falar bem deste ou daquele produto.

Temos também a mídia petralha, isto é, aquela que defende seus candidatos, que denigrem jornalistas contrários, que alteram seus perfis no Wikipedia, todos sobe o comando do chapa branca Franklin Martins, que esteve preso entre os meses de outubro e dezembro de 1968 e foi libertado um dia antes do Ato Institucional 5. Depois passou a ser procurado por roubo a banco e assalto a carro pagador efetuados com o objetivo de obter dinheiro para financiar a luta armada contra a ditadura militar e pela implantação de um Regime Comunista. Devido à repressão do governo militar, partiu em exílio para Cuba, no Chile e na França. Enquanto esteve em Cuba, na província de Pinar del Río, teve aulas de armamento, explosivo, túneis e principalmente táticas militares. Na França, diplomou-se na Escola de Ciências Sociais da Universidade de Paris. Voltou para o Brasil com a anistia concedida pelo governo militar. Preciso dar mais detalhes? 

Pois bem, em jornalismo costumamos dizer que "contra fatos não existem argumentos". Aos nobres professores de redação forneço os fatos: Com o que estão ensinando, somente em EM 2013, 12% DOS PROFESSORES QUE FAZEM CORREÇÕES DE REDAÇÃO FORAM REPROVADOS EM ..... REDAÇÃO

Esses dados foram obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo via Lei de Acesso à Informação. Ao todo, 845 pessoas de um universo de 7.121 avaliadores foram excluídas durante o processo de correção dos textos do Enem 2013 por não apresentarem uma nota de desempenho superior a 7 — numa escala de 0 a 10. O Enem 2013 "reprovou" muito mais corretores do que a edição 2012, quando 52 de 5.558 corretores (0,9%) foram dispensados. No Enem 2011, foram afastados 277 de 3.188 corretores (8,69%). 

As redações do Enem são corrigidas por professores da área de letras com formação em língua portuguesa que passam por um processo de capacitação. Os corretores são mantidos sob "monitoramento constante de coordenadores e supervisores". Isto deve ser uma piada do ministério petista da Educação. É verificado, por exemplo, se os avaliadores aplicam notas altas demais, muito baixas, se há lentidão na correção ou rapidez — aspectos considerados na nota de desempenho. De cada lote de 50 redações enviadas pelo sistema ao corretor, há duas "pegadinhas": a "redação ouro", já corrigida pela equipe de especialistas; e a "redação múltipla", que passa pelo conjunto de corretores. 

O objetivo é verificar se há desvios. É tudo uma monumental vigarice. Isso explica o tanto da porcaria em que se tornou a educação no Brasil. Imagina..... "pegadinhas"!!!!! "Nós tínhamos um monitoramento do corretor mais leniente, agora eu tenho um monitoramento um pouco mais duro", disse o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o petista José Francisco Soares. "Nós tínhamos..... agora eu tenho": tem o quê? Não tem nada, tem um sistema de analfabetização em curso. 

Durante o processo de correção, o avaliador é excluído automaticamente se a nota de desempenho for inferior a 5. Caso fique entre 5 e 7, ele tem até duas chances de recuperação. Na terceira vez que a nota de desempenho for inferior a 7, o corretor é eliminado; as redações por ele corrigidas retornam ao sistema e são examinadas novamente. "À medida que o sistema começou a funcionar, nós tivemos um número maior de corretores que foram excluídos. Não é que a gente queira excluir. Mas a gente está dizendo, na medida em que criei critérios objetivos, eu tenho pessoas que estão sendo consideradas não habilitadas. Nosso sistema está funcionando", avaliou o petista Soares.

É o tipo de raciocínio de petista. Cada corretor recebeu R$ 3,61 por redação examinada no Enem 2013, ante R$ 2,35 em 2012 e R$ 2,25 em 2011, segundo o Serviço de Informação ao Cidadão do Inep. Os corretores excluídos foram pagos pelo serviço e podem voltar a se capacitar para atuar nas próximas edições do Enem. "Se eles se capacitarem de novo, eles podem voltar a corrigir as redações. Não cabe o banimento. Ele não fez nada ilegal", observou Soares. Ou seja, o sistema aceita a readmissão de analfabetos para a correção de redações. É fantástico, é coisa de petista. "É um trabalho tenso. Imagina uma pessoa que está submetida a algum constrangimento, ela pode simplesmente naquele período não ter tido a tranquilidade, pode ter uma boa justificativa, como 'tenho uma doença na família'." Todas as redações do Enem são corrigidas por dois corretores independentes, que não têm conhecimento da nota atribuída pelo outro. No Enem 2012, a redação foi levada a um terceiro corretor quando a discrepância entre os dois corretores superou 200 pontos. 

No Enem 2013, a nova correção ocorreu se a discrepância era de 100 pontos, o que aumentou o número de textos com três avaliadores. É vigarice pura.... "A sociedade ainda acha que se eu pegar a redação que eu tive e der para a minha tia que fez mestrado em linguística na universidade X a nota da minha tia é a nota que deveria ser. Então a gente se pergunta, 'olha, calma lá!'. Essa sua professora, se ela viesse para o nosso processo (de capacitação), lesse o manual (de correção) e passasse (pelo monitoramento), ela seria classificada?", questionou Soares. 

O treinamento dos corretores do Enem 2013 se estendeu por um período de 136 horas, compreendendo módulos a distância e presenciais. Em 2012, a capacitação levou 100 horas e, em edições anteriores, apenas oito. A correção das redações do Enem virou alvo de questionamentos após a polêmica na edição de 2012 envolvendo texto com receita de macarrão instantâneo (que tirou nota 560, de 1.000 pontos possíveis) e com o hino do Palmeiras (500). A repercussão do episódio levou o Ministério da Educação (MEC) a alterar os critérios usados na correção, prevendo que na edição seguinte seriam anuladas dissertações que apresentem "parte do texto deliberadamente desconectada com o tema que foi proposto".

Aos futuros jornalistas, esqueçam essa baboseira des escrever desta ou daquela maneira. Sejam opinativos. Falem sim, em primeira pessoa e não em terceira. Deem a cara para bater como todo bom jornalista faz. Sejam sim idealistas e deem voz a quem não tem. Sejam portadores de fatos e não de versões, criem seus espaços e não sejam dependentes desde ou daquele veículo de comunicação pois sendo o jornalismo um sacerdócio, ganhará muito pouco, por isso, crie o seu próprio espaço ou seja eternamente um "foca" (termo também desconhecido desses professores/corretores de redação) mas muito conhecido entre nós, os jornalistas.  

Jeff Severino
Jornalista-SC-01571-JP
Diretor sde Comunicação da ABRAJET - Associação Brasileira de Jornalista de Turismo
Relações Publicas da ABIME - Associação Brasileira de Imprensa de Mídia Eletrônica
Assessor de Imprensa da Associação Brasileira de Agências de Viagens
Assessor de Imprensa do Convention & Visitors Bureau
Membro da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ)